Coleção Foucault

sábado, 30 de maio de 2009

A VIDA
Paul Michel Foucault (15 de outubro de 1926) pertencia a uma família onde a medicina era a tradição, porém, Michel desde cedo interessou-se por História, conta-se que ele foi influenciado por um professor que teve na escola. Interessou-se cedo pela filosofia, buscava suas próprias leituras, era ávido, curioso. Viveu na época da Segunda Guerra Mundial, decepcionou a expectativa do pai que esperava que ele seguisse a carreira médica, envereda pelas estradas da Filosofia, em 1945 muda-se para Paris. Como aluno da École Normale da rue d'Ulm, Foucault entra em contato com os escritos de Hegel o que reforça seu encanto pela Filosofia.
Foucault trazia como caracteristica ser uma pessoa solitária e fechada, o próprio meio competitivo em que vivia na escola o tornava mais e mais avesso ao contato social. Tornou-se uma pessoa agressiva e irônica, características estas que o acompanharam por toda a vida. em 1948 tenta suicidio, o que acaba levando-o à um tratamento psiquiatrico. Os impulsos suicidas retornaram outras vezes em sua vida. Esta experiência colocou-o em contato com a psiquiatria, psicologia e psicanálise, marcando profundamente a sua obra.
Foi Leitor de Platão, Hegel, Kant, Marx, Nietzsche, Husserl, Heidegger, Freud, Bachelard, Lacan, entre outros. Aprofundou-se nos estudos de Kant, uma vez que considerava que sua filosofia era uma crítica à Kant, no que diz respeito a noção do sujeito enquanto mediador e referência de todas as coisas, já que para Foucault o homem é produto das práticas discursivas. Admitia a influência de Heidegger em sua obra, chegando a afirmar:" Todo o meu devir filosófico foi determinado pela minha leitura de Heidegger". É também influenciado por Nietzsche e Bachelard. Leu kafka, Faulkner, Gide, Genet, Sade, René Char, torna-se grande amigo de Louis Athusser, que o levou a aderir ao Partido Comunista.
Conviveu com a intelectualidade de sua época, como Jean paul Sartre, Jean Genet, Merlau-Ponty, Lacan, entre outros.

A OBRA
Doença Mental e Psicologia - 1954
História da Loucura - 1961
Raymond Roussel - 1963
O Nascimento da Clínica - 1963
As Palavras e as Coisas - 1966
A Arqueologia do Saber - 1969
A Ordem do discurso - 1970
Vigiar e Punir - 1977
A vontade de saber - História da sexualidade I - 1978
O uso dos prazeres - História da sexualidade II - 1984
O cuidado de si - História da sexualidade III - 1984

" Um pensador que nunca se deixa capturar por classificações, dizia ele ' não me pergunte quem sou e não me diga para permanecer o mesmo'. Um pensador engajado em um trabalho crítico de seu presente e de si mesmo, buscando por meio da genealogia e da arqueologia as rupturas e descontinuidades que engendram as imagens que temos de nós mesmos, dos outros e do mundo, eis Foucault, um verdadeiro forasteiro de si"

Download dos livros de Foulcault

É só clicar na figura do livro e seguir o Link, todos estão hospedados no 4Shared.
Descrição: Contemplando a obra de René Margritte, Foucault desenvolve uma reflexão sobre questões fundamentais dentro das artes plásticas: a similitude e a representação, a relação entre texto e desenho, o signo verbal e a representação visual. Importante contribuição para o estudo da arte, sua história e seus elementos.

Descrição: Michel Foucault, ao analisar a gênese e a filosofia das ciências, mostra como é recente o aparecimento do "homem" na história do nosso saber. Estuda a mudança interior de nossa cultura do século XVIII ao século XIX, através da gramática geral, que se tornou filologia; da análise das riquezas, que se tornou economia política, e da História natural que se tornou biologia.

Descrição: Foucault desvenda a relação entre as práticas discursivas e os poderes que as permeiam


Livro: Vigiar e Punir
Descrição: Estudo científico documentado sobre a evolução histórica da legislação penal e respectivos métodos coercitivos e punitivos, adotados pelo poder público na repressão à deliquência. Métodos que vão desde a violência física até instituições correcionais.

Descrição: A medicina, a Psiquiatria, a Justiça, a Geografia, o Corpo, a sexualidade, o papel dos intelectuais, o Estado são analisador por Foucault. Todos os textos têm como tema central a questão do poder na sociedade capitalista.



AGUARDEM MAIS LINKS DE LIVROS E TEXTOS.

O conhecimento cresce à medida que se reparte

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Abrindo a série "ajude um pobre pesquisador" [risos], sabedora das dificuldades que nós, pesquisadores das ciências humanas, temos em conseguir bibliografia e da precariedade na circulação de informações e até mesmo de bibliografias de autores regionais, dedicarei este espaço ao compartilhamento de livros, artigos, teses e outros textos científicos [ou não].

Este primeiro post é dedicado aos alunos da Pós-Graduação em História do Brasil da Faculdade Ipiranga, turma 2009.

Amigos, apresento à vocês o inigualável cânone da Antropologia na Amazônia. Prof. Dr. Raymundo Heraldo Maués.
No artigo, "Bailando com o Senhor" ele trata da Renovação Carismática Católica propondo um estudo comparativo com outras formas de culto, trabalhando conceitos como técnicas coporais, transe, êxtase, possessão, corpo, religiosidade, pajelança.
Um texto primoroso para quem pretende trabalhar religiosidade nas fronteiras entre História e Antropologia.

Um deleite para a mente.



http://www.4shared.com/file/108558607/37012509/bailando_com_o_senhor_Heraldo.html

Aguardem novos posts com links para download de livros e textos.

Sobrevôos

quarta-feira, 6 de maio de 2009




Hesíodo ao tentar organizar os mitos das diversas cidades gregas, nos conta que na tradição helena, após a vitória dos deuses do Olimpo sobre os seis filhos de Urano, conhecidos como titãs, foi solicitado à Zeus que se criassem divindades capazes de cantar a vitória e perpetuar a glória dos Olímpicos. Então Zeus, o pai dos deuses, partilhou o leito com Mnemósine, a deusa da memória, durante nove noites seguidas e, um ano depois, Mnemósine deu à luz nove filhas, chamadas de “Nove Musas”. Dentre as musas: Clio é a quem confere fama, tida como a musa da História e Calíope ou Bela Voz é a musa da eloquência, da poesia épica e musa da epopeia, da literatura.
Clio (a quem confere fama) era a musa da História, sendo símbolos seus o clarim heróico e a clepsidra. Costumava ser representada sob o aspecto de uma jovem coroada de louros, tendo na mão direita uma trombeta e na esquerda um livro intitulado "Tucídide". Aos seus atributos acrescentam-se ainda o globo terrestre sobre o qual ela descansa, e o tempo que se vê ao seu lado, para mostrar que a história alcança todos os lugares e todas as épocas.
Calíope (bela voz), a primeira entre as irmãs, era a musa da eloquência. Seus símbolos eram a tabuleta e o buril. É representada sob a aparência de uma jovem de ar majestoso, a fronte cingida de uma coroa de ouro. Está ornada de grinaldas, com uma mão empunha uma trombeta e com a outra, um poema épico. Foi amada por Apolo, com quem teve dois filhos: Himeneu e Iálemo. E também por Eagro, que desposou e de quem teve Orfeu, o célebre cantor da Trácia.
A vontade de escrever um blog, ou algo semelhante, já me assaltava desde muito, apenas o tempo é que não me era favorável. No entanto, não gostaria de escrever por escrever; então, neste espaço, pretendo reunir textos meus e de colaboradores sobre História, Literatura, amenidades e assuntos [des] interessantes. Escrever sabendo que outros vão ler, comentar, e óbvio, para o bem e para o mal, criticar... não é tarefa das mais fáceis. Mas, na intenção de socializar conhecimentos com colegas, alunos e amigos aqui estamos. Na tentativa de aproximar essas Musas – irmãs que desde imemoriais tempos gregos míticos, até os dias atuais mantém uma estreita relação de amizade. Se tudo o que é tocado pelo homem e o próprio homem é História então... Vamos vê-la com olhos de poesia.

Pensando em partir...

terça-feira, 5 de maio de 2009

"... a alma do historiador é semelhante à do leitor das páginas policiais dos jornais; elas são sempre iguais e são sempre interessantes, pois o cachorro esmagado hoje não é o mesmo de ontem, e, de uma maneira mais geral, porque hoje não é ontem."
Paul Veyne - Como se escreve a história; Foucault revoluciona a história. Trad. Alda Baltar e Maria Auxiliadora Kneipp. 2ª edição. Brasília: UNB, 1992